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São Paulo / Saúde

Foto: divulgação

Uma tinta inseticida tem se mostrado uma ferramenta eficiente de combate a vários tipos de insetos transmissores de enfermidades endêmicas, entre os quais o Aedes Aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya; e o Anopheles, causador da malária. Enfermidades que podem causar, inclusive, a morte.

A tecnologia, à base de tinta, foi desenvolvida na Espanha pela cientista, premiada e reconhecida mundialmente, Dra. Maria Pilar Mateo Herrero. Em sua fórmula patenteada, microcápsulas inseticidas de biopolímero são liberadas de forma lenta e gradual após a aplicação na parede.

Vale ressaltar que diferente dos inseticidas domésticos, comumente utilizados, a tecnologia INESFLY libera o inseticida apenas na superfície pintada, que é onde o mosquito pousará, não permanecendo assim no ar. O objetivo desta tecnologia é o controle de vetores em ambientes internos.

O produto já é utilizado em mais de 100 países. No Brasil, a tinta foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2020 e é fabricada e comercializada pela Inesfly Brasil. Os testes foram iniciados em 2019 e submetidos à aprovação da Anvisa, Ministério da Saúde e foram realizados Estudos Científicos pelo IEPA/Fiocruz – Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá.

E como surgiu a ideia de trabalhar com esse produto inovador, que combate vetores transmissores de doença? “Atuamos há 10 anos no mercado médico-hospitalar, nas áreas pública e privada. Sempre buscando soluções inovadoras e exclusivas que se mostram eficazes no mundo, observamos um nicho grande e com poucas ou quase nenhuma solução nesse mercado de vetores e combate à dengue no Brasil “, explica Luiz Rolim, CEO da Inesfly Brasil.

A aplicação da tinta é indicada para residências, escolas, hospitais, prédios públicos… A tecnologia tem como foco a proteção de ambientes internos. Após a aplicação, o tempo mínimo de secagem é de 8 horas, com ambiente ventilado e aberto. Geralmente uma demão é suficiente. Ratificamos que o inseticida é liberado apenas na superfície da parede e não tem contato com o ar no ambiente de aplicação. Após aguardar a secagem do produto o efeito é imediato: horas depois já é possível observar insetos mortos no chão próximo à parede. A duração é de até dois anos, dependendo da proteção da parede ou da superfície pintada. Após esse período, basta reaplicar a tinta.

Um ponto positivo e fundamental é que quando seguidas as recomendações de uso corretamente o produto não apresenta toxicidade para pessoas e animais, ou seja, pode ser utilizado de forma segura, sem colocar em risco a saúde das famílias e animais que circulem próximo às superfícies pintadas.

A tecnologia já vem sendo utilizada em vários municípios e estados em formato de projeto piloto. Podemos citar, como exemplo, Jaboatão dos Guararapes e a Ilha de Fernando de Noronha em Pernambuco. No Distrito Federal, em parceria com a secretaria de educação do GDF (Governo do Distrito Federal), DIVAL (Diretoria de Vigilância Ambiental e Saúde), PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), Exército Brasileiro DF SMU, seguimentos da Administração Pública foram imunizadas no mesmo formato de projeto piloto.

Podemos citar casas da PMB – Prefeitura Militar de Brasília, instituições públicas como o Centro de Ensino Fundamental 01 de Sobradinho, DASG – Divisão de Apoio e Serviços Gerais da Polícia Cívil do Distrito Federal e em outros estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Ainda em Jaboatão dos Guararapes (PE), dois prédios públicos foram escolhidos para a fase de testes no último mês de janeiro: uma Unidade de Saúde da Família (USF) e uma escola da rede municipal. Logo nas primeiras horas em que o produto foi aplicado, o efeito foi constatado. No Rio de Janeiro, a pintura está sendo realizada em escolas municipais de Duque de Caxias. A empresa está com outros projetos piloto em execução no estado de São Paulo, Goiás, Amazonas e Paraíba.

“Os resultados relatados têm sido excelentes. O produto combate, além do Aedes Aegypti, o borrachudo e os insetos causadores de doenças como malária, Doença de Chagas e leishmaniose, entre outras”, explica Luiz Rolim, ressaltando que a empresa dispõe de testes e laudos de 10 países diferentes, além de testes via OMS (Organização Mundial da Saúde).