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São Paulo / Meio Ambiente

O mês da mulher traz uma carga histórica de relações sociais envolvendo o gênero feminino, destacando disparidades e desafios que esse público sempre precisou enfrentar. Nesse cenário, a constante ascensão feminina no mercado de trabalho e em cargos de liderança deve ser considerada um fenômeno inspirador e transformador.

Embora atuem em uma atmosfera de trabalho em evolução, frequentemente as mulheres ainda enfrentam preconceitos culturais que seguem enraizados na sociedade. Muitas dessas dificuldades estão atreladas às questões de gênero, impasses na conciliação da rotina envolvendo o seu cargo e a família, discriminação e assédio.

A falta de suporte e de representatividade feminina é um fator que ainda interfere no mercado de trabalho e compromete, inclusive, a formação de lideranças femininas no ambiente em que atuam.

Atualmente, a Secretaria de Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) tem 40% da equipe composta por mulheres em diferentes áreas.

Tania Cristina Vieira, diretora técnica de serviço da Fazenda Estadual e atualmente pertencente ao Núcleo de Recursos Humanos de Bauru (SP), está há 39 anos no serviço público.

“Hoje as mulheres são muito mais empoderadas, trabalham em casa, conciliam os filhos pequenos, a família e, muitas vezes, ainda cuidam dos pais. A maior parte possui uma jornada dupla”, ressalta. Ela destaca que desde que adentrou à carreira como servidora pública, há quase 40 anos, percebeu mudanças bruscas nesta representatividade:

“As mulheres estão sendo bem mais valorizadas”, comemora. Ainda segundo Tania, era comum haver comentários sexistas de colegas homens, sempre buscando inferiorizar as mulheres atuantes em cargos de liderança, como era o seu caso.

Cláudia de Oliveira Andrade Miranda é diretora do Departamento de Administração Regional e trabalha diretamente com as 15 unidades regionais da Sefaz. Ela está há 41 anos no serviço público e afirma que era uma das poucas mulheres na área tributária do Estado, quando adentrou à pasta aos 19 anos de idade.

“Era um ambiente muito masculinizado. Contávamos nos dedos quantas mulheres tinha”. Cláudia conta que quando assumiu seu primeiro cargo como líder sentiu, em algumas situações, homens incomodados com o fato de uma mulher estar em uma posição superior, passando ordens e orientações. “Foi insignificante para mim, não contribuiu para atrapalhar no meu trabalho, mas era perceptível o desconforto dos homens”, relembra.

Cláudia reforça que ser líder no serviço público é um trabalho árduo, mas muito gratificante. “Tenho que me desafiar todos os dias. Diariamente surgem ameaças novas que preciso trabalhar junto à equipe. Para atuar no setor público, você tem que acreditar e ter vontade de fazer diferente, ainda mais por estarmos lidando com recursos públicos”, conclui.

Ações que envolvem temas relacionados à mulher

A Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp), órgão de assessoramento diretamente subordinado ao gabinete da Sefaz-SP, está empenhada na implementação e promoção de ações para a divulgação da Lei 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos).

A ideia é mapear ações de sensibilização sobre alguns temas por meio de mídias sociais e outros meios de comunicação. Entre as medidas a serem elaboradas está a implementação de ações para coibir o assédio sexual e moral na Sefaz-SP, além da criação de um Sistema de Peticionamento Eletrônico (SIPET) específico para denúncias.

“O objetivo da Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo, assim como da Controladoria Geral do Estado, é promover ações de integração entre as partes. Estamos empenhados em implementar melhorias, a fim de anteceder o aparecimento de possíveis problemas, não só no que diz respeito aos serviços, mas também a relação entre as pessoas, departamentos e as próprias equipes internas dessas instituições”, comenta Verônica Ramos Tavares, corregedora adjunta da Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp) e responsável pela Unidade de Gestão de Integridade (UGI).

Sobre também ser uma mulher em cargo de liderança, Verônica defende a equidade de gênero e o crescimento da liderança feminina. “Apesar de as mulheres sempre trabalharem muito em todos os setores da sociedade, hoje conseguimos enxergá-las ocupando cargos em posições superiores, algo que demonstra que estamos evoluindo positivamente”, conclui.

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