Apresentadora do programa Plural defende que as redes sociais se transformem em uma imensa rede de apoio e difusão sobre o câncer de mama
A apresentadora Julianá Souza, que comanda o programa Plural, no ar pela TV Max Rio (Canal 25, ou 525 HD da Net) e no YouTube, adere com o maior entusiasmo à campanha Outubro Rosa, que sublinha a importância da prevenção ao câncer de mama. A jornalista ressalta que a iniciativa é fundamental para divulgar a relevância do compartilhamento de informações e a promoção para o despertar consciente sobre a doença. “Mais de 30% das mulheres brasileiras são diagnosticadas com o câncer de mama. É imprescindível proporcionarmos maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, assim como contribuir para redução da mortalidade. Difundir o conhecimento é de suma importância, um gesto de amor próprio e de amor ao próximo”, defende Julianá, que acredita que a campanha deveria ter, não apenas outubro como mês de conscientização – como o Movimento Internacional escolheu -, mas sim ser incluída como campanha permanente em toda rede de saúde pública e privada. “Saúde é vida!”, diz a apresentadora do Programa Plural, que nos respondeu a cinco perguntas sobre o tema. Confira.
1)- Você faz o autoexame da mama regularmente?
Eu me cuido muito. Tenho esse autocuidado. Minha mãe sempre me disse que meu corpo é meu santuário. Levo literalmente ao pé da letra. Amar se é muito mais do que estar em forma. Estar bela, é estar bem e cheia de saúde. Periodicamente vou ao ginecologista e mastologista para fazer meu preventivo, com meu querido amigo e médico Dr. Pedro Pasqualette, meu médico há quase treze anos. Faço exames de rotina como ultrassom, mamografia, ressonância magnética entre outros. Felizmente minha família não tem casos próximos da doença, mas prevenir é melhor do que tratar, então não facilito.
2- Acredita que as mulheres atualmente estão mais informadas e se cuidem melhor? Ou é preciso uma divulgação mais intensa para que as informações alcancem o público desejado?
O câncer é para mim um relevante problema de saúde pública. O número de casos da doença sobe anualmente de forma rápida e desordenada, assim como o número de óbitos. É um dos grandes desafios no cenário atual no enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. Por ser o tipo de câncer que mais afeta as mulheres, excetuando -se os tumores de pele não melanoma, é também o que mais mata. Já vejo uma maior atenção da doença à saúde da mulher desde o início dos anos 2000, criando um olhar e medidas mais assertivas no combate à doença. Graças a esses novos rumos, as mulheres, mesmo desoladas com o diagnóstico, conseguem buscar ajuda para tratamento. Mas estou certa que muito mais pode ser feito. Graças a Deus, o mundo científico e as tecnologias avançadas abrem sempre novos horizontes e propagar faz a diferença na vida dessas mulheres.
3 – Qual e ou deveria ser o papel das redes sociais nessa luta feminina?
As redes sociais, assim como os meios digitais, são excelentes ferramentas para a difusão da informação desde que bem exploradas. Para mim, precisam se transformar em uma enorme rede de apoio e difusão sobre o câncer de mama. Uma paciente necessita muito além de terapias adotadas para a cura como cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia… Elas precisam de cuidados na sua área emocional, com redes de apoio. Essa rede deve ser múltipla: psicólogos, médicos, ex pacientes, familiares… Pessoas que tragam esperança, não apenas consolo e ouvidos, mas gente para somar em práticas de vida. O olhar é múltiplo, ajudando no tratamento físico, emocional e motivacional. Essas mulheres merecem estar conectadas carinhosamente com pessoas que se sintam à vontade para compartilhar experiências, sentimentos e também para pedirem ajuda.
4 – Fala sobre prevenção, em todos os aspectos, com sua filha Vallentina, mesmo ela ainda sendo uma criança?
Vallentina já entrou na puberdade, e como mãe e constante educadora, minha relação vai além das explicações sobre a nova fase em sua vida… Ela vai ao seu fiel pediatra que acompanha seus pacientes até a adolescência, um médico daqueles que deveriam viver eternamente, meu amigo e admirado Dr Luiz Otávio Rocha. E ela também já frequenta o ginecologista. Os filhos crescem tão rápido gente, que nem conseguimos controlar o tempo… Ele voa. Como pelo lado paterno dela, o câncer é uma realidade constante e próxima, quando nasceu decidimos coletar a célula tronco para alternativa futura de uma necessidade. Esperamos que não seja preciso, mas investimos por precaução na hora de seu parto. E tem muitos exames hoje em dia para acompanhar o aparecimento dessa triste doença. Desejo vida com muita saúde a ela e a todos nós.
5 – Como apresentadora de TV, qual o seu papel na abordagem de temas como esse?
Por mais que a internet esteja cada vez mais presente no cotidiano de todas as classes sociais e faixas etárias, a televisão ainda se mantém relevante formador de opinião. Então como Diretora Executiva e apresentadora do programa Plural, sempre dedico, na programação mensal, espaço para a temática da saúde. Gerar informações pode salvar vidas. É um dos propósitos do programa e um lindo ato de amor ao próximo. Os telespectadores enviam mensagens diárias à produção dizendo estar adorando e se identificando com os temas abordados e a forma clara, verdadeira e leve no qual cada tema é tratado.
Sinto-me responsável como cidadã e profissional de comunicação social a ser uma agente transformadora do saber, do compartilhar e fazer a diferença na vida das pessoas. Infelizmente, hoje o jornalismo tem se voltado ao entretenimento e não mais para a qualidade da informação e nem a prática da cidadania. Democratizar novas ferramentas e formas de monetização amplia as possibilidades de produção e distribuição de conteúdo de saúde, sejam eles bons ou ruins. Torço por novos espaços nos meios de comunicação com esse comprometimento social, cultural e assistencialista.
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