Após cinco meses de funcionamento, o Hub Cuidados em Crack e Outras Drogas do Governo de São Paulo se consolida como espaço de tratamento para usuários que frequentam a Cracolândia e que procuraram ajuda: entre abril e agosto, 59% dos atendidos frequentavam o local.
Do total de 7.450 pacientes que passaram pelas triagens do equipamento entre abril e agosto, 72% estavam em situação de rua. 80% dos atendidos se diziam usuários de crack e 70%, de cocaína.
Ao todo, foram 10.475 atendimentos realizados pelo Hub no período. Os pacientes passam por uma triagem e são encaminhados para algum tipo de tratamento para transtornos aditivos ou para demandas clínicas gerais.
“Os números surpreenderam positivamente. Havia uma demanda reprimida de apoio a essas pessoas e o HUB, com a sua porta aberta, acaba trazendo esses atendimentos. São mais de 4,5 mil encaminhamentos para internação em hospitais especializados ou para o acolhimento em comunidades terapêuticas”, afirma o vice-governador Felício Ramuth, coordenador das ações do governo paulista na região central.
Até dia 06 de setembro, o Hub realizou 4497 encaminhamentos, sendo que 2.440 deles foram para Hospitais Especializados, 1.624 para Comunidades Terapêuticas e outros 433 pacientes apresentaram demandas clínicas (Pronto Socorro, Unidade Básica de Saúde, Ambulatório Médico de Especialidades ou Hospitais Gerais).
Quanto ao perfil dos pacientes, 92,5% são homens, 72,1% se consideram pardos ou negros e 63,9% deles estavam na região central de São Paulo antes de ir para o Hub. Além disso, cerca de 80% dos pacientes não tinham atividade remunerada no momento da entrevista e mais da metade dos atendidos não completou o ensino fundamental. Quase 28% deles não tinham documento de identificação.
Aproximadamente 33% dos entrevistados afirmaram não ter nenhum vínculo familiar que possa ser considerado parte de sua rede de suporte. Quase metade, 49%, tem pelo menos um filho menor de idade.
Nesse período, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD) do Hub realizou um total de 10.881 atendimentos ambulatoriais. O serviço oferece tratamento ambulatorial para um total de 575 pacientes em quadros estáveis do transtorno aditivo, que fazem no CAPS a manutenção de seu tratamento.
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