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São Paulo / Meio Ambiente

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Jhonnatha Cristovam de Miranda, 17 anos, é aluno da Escola Estadual Vilma Catharina Mosca Leone, de Praia Grande

O Governo do Estado de São Paulo vai construir, por meio de parceria público-privada (PPP), 33 novas escolas estaduais em 29 cidades, com a expansão do ensino integral e a abertura de 35,1 mil vagas. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) continua responsável pela gestão pedagógica das unidades. O projeto arquitetônico, que prevê escolas com 21, 28 e 35 salas de aula, contempla ambientes propícios ao aprendizado e à convivência entre estudantes.

Nas áreas dedicadas aos alunos, entre as novidades estão os espaços de estudos individuais. Serão cerca de 20 cabines em cada unidade de ensino, destinadas a atividades que exijam silêncio, por exemplo. Todas elas terão também salas exclusivas de trabalho para os grêmios estudantis.

Assim como nas atuais unidades de ensino da rede estadual, o estudo e leitura também terão destaque com as Salas de Leitura, que possuem acesso ao acervo de obras literárias.
O secretário-executivo da Educação, Vinícius Neiva, destaca a preocupação na entrega de ambientes que facilitem a aprendizagem e atendam à inclusão e acessibilidade.

“Essas construções estão conceituadas em uma arquitetura que incentiva a aprendizagem. Nessas escolas, teremos mais do que um quadro negro no meio de uma sala. São espaços com a disposição de um mobiliário diferente, que estimula a participação e o protagonismo do estudante. É importante também lembrar que essas salas fomentam a educação inclusiva em escolas completamente acessíveis.”

Para as atividades coletivas e de convivência, os prédios terão anfiteatro (que pode ou não ser a céu aberto), pátio coberto e descoberto, refeitório e quadras poliesportivas cobertas. Para o uso das quadras, os estudantes terão vestiários à disposição. Terrenos com metragem adequada terão, ainda, a implantação de pistas de atletismo, mais um espaço para a prática de esportes.

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A professora de física Josefa Aparecida da Silva e o aluno Jhonnatha Cristovam de Miranda

Ciência à vista

As 33 unidades de ensino contarão ainda com laboratórios e espaços de inovação, que devem seguir, por exemplo, a vocação da unidade de ensino ou a realidade local. Unidades que oferecerão as aulas de ensino técnico de enfermagem poderão ter laboratórios diferentes do que de outras escolas. Todas as escolas têm a previsão da implantação de laboratórios de informática.

A importância da estrutura

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Ana Elisa Brechane da Silva, 16 anos, é estudante da única escola estadual localizada na cidade de Santa Rita d’Oeste

Ana Elisa Brechane da Silva, 16 anos, é estudante da única escola estadual localizada na cidade de Santa Rita d’Oeste, cidade a 623 quilômetros de São Paulo. Em 2022 e agora, em 2024, a adolescente foi a representante da educação pública paulista na Feira Internacional de Ciências e Engenharia (International Science and Engineering Fair – Isef) com o seu projeto ConnectBrethe, um dispositivo capaz de fazer o diagnóstico e também apoiar o tratamento de doenças respiratórias. Neste ano, a feira foi realizada na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos.

A jovem cientista reconhece que, sem o laboratório da Escola Estadual Professora Maria das Dores Ferreira da Rocha, uma unidade de ensino integral de nove horas — mesmo período que será implantado nas 33 unidades das PPP —, não teria ido tão longe.

“Na minha escola tem um laboratório Steam, da área de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática. Esse laboratório foi muito importante para o desenvolvimento do meu projeto. Se não fosse ele, seria bem difícil a criação do ConnectBreathe. Esse espaço não é importante apenas para mim, mas para vários alunos que desenvolvem projetos a partir das aulas do Currículo Paulista”, conta a estudante.

Para o ConnectBreathe, Ana Elisa conta com o apoio do professor voluntário Eder Carlos Antoniassi, com aulas no espaço aos finais de semana.

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Alunos da Escola Estadual Vilma Catharina Mosca Leone, em Praia Grande

As aulas de robótica, um dos recursos utilizados para o desenvolvimento do dispositivo, fazem parte do currículo do Estado de São Paulo nos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Neste ano, a Educação de SP dá sequência à compra de 13.019 kits de robótica para as unidades de ensino integral da rede, em investimento de R$ 8,8 milhões.

Jhonnatha Cristovam de Miranda, 17 anos, é aluno da Escola Estadual Vilma Catharina Mosca Leone, de Praia Grande, na Baixada Santista. Um dos medalhistas da escola em olimpíadas para o lançamento de foguetes, o adolescente já foi convidado a cursar o ensino superior na área mesmo antes de formado. O jovem cientista ganhou uma bolsa de estudos na Facens, a Faculdade de Engenharia de Sorocaba.

Uma de suas orientadoras no projeto de foguetes “Aero Wilma”, a professora de física Josefa Aparecida da Silva conta sobre a mudança que a implantação de um laboratório na escola trouxe para a criação dos foguetes premiados.

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Projeto referencial das unidades escolares

“Nosso laboratório foi montado em 2022 e ele facilita bastante para a construção dos foguetes pelos alunos. Além disso, conseguimos atrelar a teoria à prática nas áreas de física e química, no desenvolvimento e aprimoramento do combustível utilizado nesse projeto. Sem laboratório, nós até conseguiríamos construir um foguete, mas com desafios para linkar a teoria e a prática, o que demandaria mais tempo”, reconhece a professora.

Espaços para professores

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Projeto referencial das unidades escolares

Nos espaços reservados à equipe gestora e aos professores, estão previstas a criação de salas de reunião de diversos tamanhos e copas exclusivas.

Próximo à sala dos professores, haverá ambientes para o uso do Centro de Mídias — para assistir ou transmitir lives da Educação e para a participação de formações a distância, por exemplo —, uma sala para armazenamento de materiais pedagógicos, oficina e banheiros exclusivos para professores e gestão escolar.

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Ambientes administrados pela PPP

A PPP Novas Escolas do Governo do Estado prevê que toda a gestão pedagógica permanecerá sob responsabilidade da Secretaria da Educação. Além da construção das 33 escolas, de mobiliário, materiais de papelaria e equipamentos, as empresas vencedoras dos leilões serão encarregadas da limpeza, manipulação de alimentos e segurança. Estes espaços também estão contemplados no projeto arquitetônico.

Os prédios, nos três tamanhos, terão sala de segurança, sala de serviços, cozinha, despensa, área de pré-lavagem de alimentos, vestiário feminino e masculino para os profissionais que atuarão na manipulação de alimentos.
Todas as unidades de ensino serão construídas nos padrões de acessibilidade e o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) também será de responsabilidade das vencedoras dos leilões.

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Projeto referencial das unidades escolares

Leilão

A PPP Novas Escolas será dividida em dois lotes. O investimento previsto somado é de R$ 2,1 bilhões. O governador Tarcísio de Freitas autorizou nesta semana a publicação dos editais, o que deve ocorrer em breve. Os leilões estão previstos para serem realizados no segundo semestre deste ano.

O contrato terá duração de 25 anos, com metade das unidades sendo construídas até o segundo ano e as demais até o terceiro ano de contrato.

A concessão faz parte dos 13 leilões que o Governo de São Paulo realizará até o final de 2024, por meio do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP), que inclui 24 projetos qualificados e uma carteira de mais de R$ 270 bilhões.

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Projeto referencial das unidades escolares
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Projeto referencial das unidades escolares

O post Espaço de estudos, pista de atletismo: veja como serão as unidades da PPP Novas Escolas apareceu primeiro em Governo do Estado de São Paulo.