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São Paulo / Economia

desfile cívico-militar de 2024

Celebração aos 92 anos da Revolução Constitucionalista foi organizada pela Polícia Militar no feriado estadual de Nove de Julho, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32

O governador Tarcísio de Freitas e a primeira-dama e presidente do Fundo Social de São Paulo, Cristiane Freitas, participaram nesta terça-feira (9) do desfile cívico-militar em celebração aos 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. A cerimônia foi realizada no Parque do Ibirapuera, na capital, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, em homenagem à luta dos paulistas pela redemocratização do país após o golpe de Estado de Getúlio Vargas, em 1930.

“O Nove de Julho é um marco de reverência e respeito à memória de todos os paulistas que deram as próprias vidas em defesa da legalidade. Também é uma data para celebrar a união da sociedade e das instituições de São Paulo em torno dos valores democráticos e do civismo”, afirmou Tarcísio.

A tribuna de honra também reuniu o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Fernando Torres Garcia, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, além de outras autoridades civis e militares.

Antes do desfile, o governador fez a outorga da Medalha Constitucionalista a 32 civis e militares homenageados por serviços prestados a São Paulo, entre eles os secretários estaduais Guilherme Derrite (Segurança Pública) e Marilia Marton (Cultura, Indústria e Economia Criativas), o chefe de gabinete André Porto e o controlador-geral do Estado, Wagner Rosário.

Além de diferentes grupamentos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, o desfile reuniu integrantes do Exército, Marinha, Força Aérea, Polícia Civil e Guarda Civil Metropolitana, além de representantes de associações de veteranos, escoteiros e instituições civis.

À tarde, 58 personalidades recebem na Alesp a Medalha Nove de Julho, oferecida a civis e militares que se destacaram por serviços prestados a São Paulo e apoio público aos ideais constitucionalistas. O vice-governador Felício Ramuth e os secretários estaduais coronel PM Henguel Ricardo Pereira (Casa Militar e Defesa Civil) e Marilia Marton vão ser homenageados.

História

A cerimônia é organizada anualmente pela Polícia Militar no feriado estadual de Nove de Julho, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32. O local abriga os restos mortais dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, assassinados em 23 de maio de 1932 por tropas federais durante uma manifestação a favor de uma Assembleia Nacional Constituinte e o restabelecimento da democracia.

A morte dos quatro jovens deu início à mobilização que culminou com o levante iniciado em 9 de julho de 1932, quando combatentes constitucionalistas iniciaram a defesa de São Paulo contra o avanço das tropas federais. O maior conflito do século 20 no Brasil reuniu civis e militares paulistas em combates armados contra as forças getulistas, com apoio maciço da população de São Paulo.

No dia 2 de outubro de 1932, o confronto na capital e no interior terminou com a rendição das tropas paulistas, mas se tornou símbolo da resistência de São Paulo em defesa da Constituição e da democracia. A Revolução Constitucionalista levou Getúlio Vargas a convocar uma Assembleia Constituinte e reabrir o Congresso, com eleições gerais em 1934.

Mausoléu combatentes Revolução Constitucionalista

Mausoléu é o local de sepultamento de mais de 700 combatentes paulistas mortos na Revolução de 1932

Mausoléu aos Heróis de 32

O Mausoléu é o local de sepultamento de mais de 700 combatentes paulistas mortos na Revolução de 1932. O projeto do maior monumento da cidade de São Paulo é do artista plástico ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili, com construção em mármore travertino capitaneada pelo engenheiro alemão Ulrich Edler.

Também conhecido como Obelisco do Ibirapuera, o Mausoléu foi inaugurado em 9 de julho de 1955. Tem 72 metros de altura e ocupa uma área de 1.932 metros quadrados.

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