O governador Tarcísio de Freitas e a primeira-dama e presidente do Fundo Social de São Paulo, Cristiane Freitas, participaram nesta terça-feira (9) do desfile cívico-militar em celebração aos 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. A cerimônia foi realizada no Parque do Ibirapuera, na capital, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, em homenagem à luta dos paulistas pela redemocratização do país após o golpe de Estado de Getúlio Vargas, em 1930.
“O Nove de Julho é um marco de reverência e respeito à memória de todos os paulistas que deram as próprias vidas em defesa da legalidade. Também é uma data para celebrar a união da sociedade e das instituições de São Paulo em torno dos valores democráticos e do civismo”, afirmou Tarcísio.
A tribuna de honra também reuniu o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Fernando Torres Garcia, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, além de outras autoridades civis e militares.
Antes do desfile, o governador fez a outorga da Medalha Constitucionalista a 32 civis e militares homenageados por serviços prestados a São Paulo, entre eles os secretários estaduais Guilherme Derrite (Segurança Pública) e Marilia Marton (Cultura, Indústria e Economia Criativas), o chefe de gabinete André Porto e o controlador-geral do Estado, Wagner Rosário.
Além de diferentes grupamentos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, o desfile reuniu integrantes do Exército, Marinha, Força Aérea, Polícia Civil e Guarda Civil Metropolitana, além de representantes de associações de veteranos, escoteiros e instituições civis.
À tarde, 58 personalidades recebem na Alesp a Medalha Nove de Julho, oferecida a civis e militares que se destacaram por serviços prestados a São Paulo e apoio público aos ideais constitucionalistas. O vice-governador Felício Ramuth e os secretários estaduais coronel PM Henguel Ricardo Pereira (Casa Militar e Defesa Civil) e Marilia Marton vão ser homenageados.
História
A cerimônia é organizada anualmente pela Polícia Militar no feriado estadual de Nove de Julho, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32. O local abriga os restos mortais dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, assassinados em 23 de maio de 1932 por tropas federais durante uma manifestação a favor de uma Assembleia Nacional Constituinte e o restabelecimento da democracia.
A morte dos quatro jovens deu início à mobilização que culminou com o levante iniciado em 9 de julho de 1932, quando combatentes constitucionalistas iniciaram a defesa de São Paulo contra o avanço das tropas federais. O maior conflito do século 20 no Brasil reuniu civis e militares paulistas em combates armados contra as forças getulistas, com apoio maciço da população de São Paulo.
No dia 2 de outubro de 1932, o confronto na capital e no interior terminou com a rendição das tropas paulistas, mas se tornou símbolo da resistência de São Paulo em defesa da Constituição e da democracia. A Revolução Constitucionalista levou Getúlio Vargas a convocar uma Assembleia Constituinte e reabrir o Congresso, com eleições gerais em 1934.
Mausoléu aos Heróis de 32
O Mausoléu é o local de sepultamento de mais de 700 combatentes paulistas mortos na Revolução de 1932. O projeto do maior monumento da cidade de São Paulo é do artista plástico ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili, com construção em mármore travertino capitaneada pelo engenheiro alemão Ulrich Edler.
Também conhecido como Obelisco do Ibirapuera, o Mausoléu foi inaugurado em 9 de julho de 1955. Tem 72 metros de altura e ocupa uma área de 1.932 metros quadrados.
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