São Paulo conta com a primeira delegacia do país voltada especialmente a combater crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.
No primeiro trimestre deste ano, a Delegacia de Repressão à Pedofilia, subordinada ao Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), recebeu 72 denúncias de abuso sexual infanto-juvenil. Em todo o ano passado, a especializada recebeu 268 queixas que foram investigadas.
De acordo com a delegada Giovanna Clemente, o armazenamento, compartilhamento e a produção de material pornográfico infanto-juvenil estão entre os principais crimes apurados, além do estupro de vulnerável. Ela explicou que a maioria dos casos acontece dentro de casa, na rotina familiar. “É uma situação muito difícil, pois mexe com toda a estrutura familiar”, observa.
A delegada ressalta que a prevenção para os crimes infanto-juvenis começa em casa. “É preciso ter um diálogo entre pais e filhos, criar uma relação de confiança para que, quando acontecer um caso desses, a criança tenha confiança nos pais ou responsáveis para desabafar e contar o que houve”, explica Giovanna. Ainda conforme a titular da Delegacia de Repressão à Pedofilia, isso vai muito além de observar as redes sociais do filho e saber o que se passa no ambiente virtual.
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O mês de maio marca o combate à exploração infantil, que foi lembrado no último dia 18.
A delegacia especializada e outras seccionais deflagraram operações simultaneamente com outros estados brasileiros para combater os crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes. Na última quarta-feira (16), policiais civis do DHPP cumpriram em São Paulo e em outras cidades da região metropolitana 12 mandados de prisão contra suspeitos de armazenar, compartilhar e a produzir material pornográfico infanto-juvenil. Dois homens, de 50 e 57 anos, foram detidos pelo crime.
A delegacia especializada que apura e reprime os crimes contra a dignidade sexual de vulneráveis, criada em 2011, está localizada no centro de São Paulo, na rua Brigadeiro Tobias, nº 527.
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