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São Paulo / Saúde

Região Sudeste possui taxas com maior incidência de casos

Conforme estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de intestino deve atingir a marca de 45.600 casos para cada ano do triênio de 2023 a 2025, correspondendo um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes. É o quarto tipo mais comum no Brasil, superado pelos tumores de pele não melanoma, mama e próstata. As maiores taxas de incidência são vistas na Região Sudeste. A oncologista Lucíola Pontes diz que indivíduos com histórico familiar, sedentarismo, que consomem álcool em grande quantidade e com dieta rica em ultra processados, apresentam mais chances de desenvolver a doença. Ela ressalta que ter uma alimentação equilibrada, rica em fibras, frutas e verduras é fundamental.

Em relação à genética, segundo a médica, pode, sim, influenciar no aparecimento do câncer de intestino. Ela fala que o tumor se desenvolve a partir de mutações nos nossos genes, e que a hereditariedade é responsável por cerca de 10% desses tipos de tumores. Lucíola comenta que a maior parte é assintomática. “Quando os sintomas aparecem, como dor abdominal, sangramento nas fezes ou mudança do padrão de funcionamento intestinal, o tumor geralmente já está avançado”, alerta a oncologista. A doença se manifesta com a presença de tumores na região do intestino grosso chamada cólon, no reto (final do intestino) e ânus. O desenvolvimento é lento. Há alterações nas células que começam a crescer de forma desordenada e não apresentam sintoma. 

  Grande parte desses tumores tem início a partir de pólipos e lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. A neoplasia é tratável. Na maioria dos casos é curável se detectada precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. As cantoras Preta Gil e Simony lutam contra o câncer de intestino. Chama a atenção o fato de elas terem menos de 50 anos. 

As cantoras Preta Gil e Simony

 Mas existe idade para que o tumor apareça nas pessoas? “Pode aparecer em qualquer idade. É mais comum em idosos, porém tem se notado o aumento de incidência em jovens. Por isso, atualmente, as recomendações de rastreamento incluem iniciar a colonoscopia (exame que ajuda a detectar o câncer) aos 45 anos”, destaca a médica. Quanto mais cedo o diagnóstico, as chances de cura são enormes. Os tratamentos mais comuns, de acordo com a oncologista Lucíola Pontes, são a cirurgia, quimioterapia e, por vezes, radioterapia. Em casos específicos pode ser realizada também a imunoterapia.

 

Dra. Lucíola Pontes