Morar em comunidade não precisa ser desgastante se a gente tiver empatia com o próximo, “os bem próximos” mesmo, como nossos vizinhos. Os cuidados com o meio ambiente, e objetivos em comum, podem trazer uma aproximação saudável e despertar o senso de comunidade. Por isso compartilhamos algumas dicas para que você avalie como está o local onde você vive, pode ser seu condomínio, rua e/ou bairro, bem como a sua contribuição individual. Nossas casas são nossos abrigos, devem ser seguros, limpos, cheios de amor e boas recordações.
Sabemos dos problemas típicos de quem vive em comunidade e como eles aumentaram neste período de isolamento social, que vai de confusões em condomínios até festas clandestinas. Mas te convidamos para tentar mudar este mindset, para que possamos nos ajudar mutuamente, famosa relação “Ganha-Ganha”. Na pandemia também vimos muitas ações benéficas, pessoas se ajudando, fazendo compras para os vizinhos, trocando receitas em grupos de whatsapp, e comprando em estabelecimentos locais, ajudando quem mais precisa. Mais amor, por favor!
Você já parou pra pensar no seu lixo?
Os resíduos domiciliares vão além dos orgânicos: também temos produtos deteriorados, jornais e revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens, que podem ser tóxicos e perigosos.
Para começar a nossa investigação, precisamos saber que tipo de resíduo domiciliar é gerado, quantidade e o destino correto, como aterros sanitários licenciados. Já no caso de resíduos considerados perigosos, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (LEI Nº 12.305/2010) estabelece a coleta diferenciada destes materiais como: baterias de chumbo, eletroeletrônicos, óleo lubrificante e suas embalagens, embalagens de aço, lâmpadas, medicamentos, pilhas, baterias, pneus e latas de alumínio. A logística reversa define que os fabricantes, comerciantes e consumidores devem implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados. Disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis (ECOPONTOS) e também atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. Sendo assim, procure saber como o resíduo domiciliar é classificado e qual seu destino final.
Precisamos da ação coletiva, sendo necessário que todos pratiquem a reciclagem, separem o seu lixo, lavem a embalagem plástica do iogurte e a caixinha de leite longa vida, e acondicione de forma adequada para evitar a proliferação de insetos. Estimule sua criatividade, faça artesanato e presentes. Tenha orgulho de separar e entregar seu lixo organizado para a equipe da limpeza. Verifique certinho o dia da coleta seletiva no seu bairro. Perceba quantas pessoas vêm de longe para coletar resíduos e que obtém renda a partir da venda de recicláveis.
Originado da vida diária das residências, os resíduos orgânicos (restos de alimentos, cascas de frutas e verduras) podem ser compostáveis, existem técnicas caseiras com utilização de minhocas ou a partir de um biodigestor com geração de gás e reaproveitamento energético como o Homebiogas.
Você já se perguntou de onde vem seu alimento e quais empresas têm compromisso com o meio ambiente?
O investimento em tecnologia e inovação é muito importante, veja o exemplo da caixinha de leite, se inteire das ações da TetraPack. A partir do estudo do ciclo de vida dos produtos, o papel-cartão, que é o principal material a compor as caixinhas, pode dar origem a cadernos, caixas e sacolas. Já o plástico-alumínio pode se tornar diversos objetos como canetas, paletes, bancos e telhas ecológicas, que além de serem mais sustentáveis, são mais econômicas e eficientes – impermeáveis, absorvem menos calor e possuem isolamento acústico.
Agora, se ainda está difícil acertar o meio de campo onde você mora, você pode contratar empresas especializadas em gerenciamento de resíduos, como o Instituto Muda, empresa da nova geração que acredita que o “lixo” é fonte potencial de matéria-prima para fabricação de outros produtos, trazendo assim benefícios sociais, ambientais e econômicos para toda a sociedade. Que exemplo, hein?
Passeie pelo bairro e verifique se há pontos de acumulação de lixo, que podem atrair insetos e roedores, além de contaminação do lençol freático com o líquido gerado (chorume) pela decomposição dos resíduos destinados de forma incorreta. Caso positivo entre em contato com a Prefeitura de São Paulo pelo aplicativo móvel SP156.
Seja criativo: que tal desenvolver uma horta comunitária, plantar árvores, instalar um novo cachorrodrómo, tornar sua rua ou seu bairro mais agradável? Converse com seus vizinhos e estabeleça objetivos em comum, use a tecnologia a seu favor, como grupos do whastapp, em períodos de isolamento social. Faça sua parte, sua saúde mental, o meio-ambiente e a vida, agradecem!