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São Paulo / Saúde

 

Foto: divulgação

Por: Dr. Victor Lunau

A diverticulite ou doença diverticular, é uma inflamação causada na parede do intestino grosso devido à infecção ou inflamação dos divertículos, pequenas bolsas salientes formadas na parede intestinal. A formação de divertículos é mais comum após os 40 anos de idade, e esse quadro é chamado de diverticulose. Na maioria das vezes, os divertículos são assintomáticos e não causam nenhum problema para a saúde, exceto quando se estabelece a diverticulite. A diverticulite é causada pelo acúmulo de pedaços de fezes nos divertículos, que acabam proliferando bactérias nesses locais e gerando a infecção. Aproximadamente 30% das pessoas acima de 50 anos desenvolvem a diverticulose, sendo que esse número chega a 70% entre os pacientes em 80 e 90 anos.

 

Sintomas:

Náusea, dor abdominal intensa do lado esquerdo, alterações intestinais (diarreia ou prisão de ventre), vômitos, inchaço e flatulência. A diverticulite pode ser dividida de acordo com o tamanho e incidência de divertículos no intestino — diverticulite hipertônica e hipotônica — e gravidade da infecção —diverticulite aguda e grave.

 

Diverticulite hipertônica

Os divertículos são muito pequenos e presentes no lado esquerdo (cólon descendente). Afetam pessoas mais jovens, especialmente aquelas entre 40 e 60 anos, trazendo manifestação sintomática forte e, como complicação, a perfuração do intestino. Dentre os sintomas, os pacientes sentem constipação e evacuam em pedaços separados e duros.

 

Diverticulite hipotônica

É caracterizada por divertículos largos, em grande quantidade e presentes na maior parte dos segmentos do intestino grosso. O tipo é mais comum em pacientes idosos e, em geral, é assintomático. A função intestinal é normal ou apresenta constipação, tendo como complicação comum a hemorragia. A diverticulite também pode ser classificada de acordo com a gravidade dos sintomas e possibilidades de complicações.

 

Entenda:

Diverticulite aguda: também chamada de diverticulite não complicada, essa variação atinge mais ou menos 70% a 80% dos pacientes com diverticulose, causando sintomas leves, como dor, náuseas, constipação ou diarreia;

Diverticulite grave: normalmente vem acompanhada de febre alta, dor abdominal intensa e incapacidade do paciente se alimentar. Nesses casos, é comum ocorrer a hospitalização, pois pode ocorrer o desenvolvimento de complicações como fístulas (perfurações no intestino).

 

Fatores de risco:

Obesidade
Sedentarismo
Tabagismo
Má alimentação
Envelhecimento

 

Prevenção:

Para prevenir a formação de divertículos no intestino grosso, ou impedir novas crises de diverticulite, é importante ter uma alimentação rica em fibras, pois elas estimulam o funcionamento e limpeza do intestino, e impedem que suas paredes fiquem enfraquecidas e se formem novas pregas.
Para um bom funcionamento do intestino, também é muito importante beber bastante líquidos ao longo do dia, sendo em média 2 litros de água, além de comer devagar e mastigar bem antes de engolir. Dúvidas: procure o seu médico.